Aos poucos que visitam meu simples blog, hoje resolvi escrever sobre algumas idéias que ando planejando, e informações sobre projetos que já estão em andamento.
Voltei aos tempos de hiato entre os posts. Infelizmente não posso dedicar o tempo que gostaria aos meus projetos, mas vou levando aos poucos por enquanto.
Como muitos (?) sabem, o que era apenas curiosidade sobre um console “brasileiro”, o Zeebo, tornou-se algo bem maior. Partindo de um simples teardown e da expectativa que a interface JTAG estivesse funcional, muitas coisas foram descobertas sobre o sistema. Não só informações teóricas, mas procedimentos práticos, como a execução de homebrews. Hoje já temos boa documentação sobre o sistema, hardware, o BREW, Zeebo App, funcionamento geral do sistema, existência de chaves de ativação da porta de serviço, uso de outros SIM cards, modificação de jogos e diagnóstico para problemas comuns no sistema. Próximos passos incluem a tentativa de execução de SOs alternativos no console.
A idéia cresceu, houve apoio, e então nasceu o Projeto OpenZeebo: iniciativa para documentar ao máximo o sistema e permitir que todos possam usufruir cada vez mais do console. Obrigado a todos que vêm apoiando o projeto de várias formas! Check it out: OpenZeebo Wiki e OpenZeebo Portal.
…
Sobre outros projetos, ainda preciso terminar o FWDN for Linux para os microprocessadores da série 890X da Telechips. Fiquei um pouco afastado da cena do SmartQ V7, por isso bateu um certo desânimo. Como era esperado, o suporte do fabricante quanto ao software foi abandonado. O fonte do kernel existente é antigo e não reflete as últimas versões de firmware liberadas. Já o fonte do Android nunca viu e nem verá a luz do dia. Pela licença, são obrigados a disponibilizá-lo, mas parecem que não ligam a mínima para isso.
Enfim, o dispositivo e a comunidade estão fadados à estagnação. O trabalho necessário para desenvolver novas versões dos SOs sem o apoio do fabricante, é imenso. E provavelmente o resultado não será satisfatório. Aparentemente, nem a Smart Devices tem total acesso aos fontes, como é o caso do driver stack e libs OpenGL da GPU Mali. O hardware tem potencial considerável, mas vai por água abaixo com softwares e drivers mal implementados.
…
Como projeto novo, iniciei algo que idealizei há alguns anos. Um tanto controverso, pois está relacionado à segurança de um grande sistema. Enquanto não há nenhuma finalidade que o prejudique, quero tentar provar que não é difícil seu comprometimento e que a implementação de sua segurança é baseada apenas em um único nível do processo. Ter a confiança que determinada “camada” protegerá toda a integridade do sistema e deixar de lado outros mecanismos intermediários é estupidez. É a mesma coisa que muitos desenvolvedores de software vinham (e continuam) fazendo: delegar toda a proteção à uma solução comercial, como o Armadillo. Se o mecanismo é comprometido, automaticamente milhares de softwares também são, pois o desenvolvedor não importou-se em implementar rotinas adicionais de segurança, confiando plenamente no “escudo” que ele investiu.
São teorias que elaborei até o momento baseadas nas informações que consegui. Podem estar erradas, mas conduzirei pesquisas até a comprovação final.
…
Preciso começar os estudos com FPGAs e micros XMOS. São “coisas” que instigam meu technolust. Na verdade, “electronicslust”. 😀 As possibilidades são infinitas; é um poder imenso nas mãos. Mas, não será por agora que poderei entrar no mundo da lógica programável, Verilog, VHDL e microcontroladores orientados a eventos.